Quando há um problema comportamental na nossa sociedade a culpa é dO aluno malcriado. Já a responsabilidade é do ‘sistema’ quando porventura são oS professores que falham.
Quando incidentes que sempre aconteceram dentro da sala de aula por evidente incompetência pedagógica* e insciente uso da autoridade* são amplificados e distorcidos pela comunicação social para alimentar performances festivalescas à hora de jantar, aí sim, há um problema quando quer ‘culpados’ quer ‘inocentes’ não vêm nisso um problema.
* «Numa das reuniões do conselho executivo, a professora Adozinda Cruz confirmou que autorizou os alunos a manterem os telemóveis ligados, permitindo-lhes que ouvissem música. Patrícia terá extravasado a ordem atendendo uma chamada da mãe.» – episódio de notícia vinda a público no “correio da manhã” e no “público” de que tomei conhecimento no blogue do FJV.
PS: Eu sei que abordar questões tão emergentes e importantes como esta sai fora do estilo alegre, alheado e pueril deste blog mas, caramba, nunca li tanto enviezamento da realidade como o que já se escreveu sobre um incidente que noutros tempos se teria resolvido com um bom par de estalos , isto claro se a professora não fosse tão incompetente ao ponto de o ter provocado. (Ai, desculpai: claro que não, claro que não há professores incompetentes, o que há apenas é alunos mal educados.)
PS2: Leio agora um comentário colocado no blog citado que me ajuda a perceber melhor esta (nada linear) questão:
“A autoridade de um professor não pode assentar no seu estado de espírito, no seu talento ou em qualquer outra idiossincrasia pessoal.
(…)
A verdade é que a autoridade tem que emanar da instituição que o professor serve e representa. Só essa autoridade, igual para todos, é educativa, justa e livre de abusos.
Ora, este governo, pelo desprezo que tem mostrado pelos professores, por ter posto a sociedade contra eles e por ter dificultado até ao absurdo o processo de castigar os alunos, minou completamente essa autoridade institucional.
E o professor ficou sem poder nenhum que o sustente.” (bold meu)
Pois, eu logo vi, eu logo vi de quem era a culpa !!!