a rapariga loura da livraria dos restauradores

 

Há muito tempo que nada linko – vou simplesmente lançando prosa eremita neste espaço de cercas altas onde me realojei há quase dois anos e ao qual comecei por suprimir ligações internaúticas e outra aparelhagem estatística. Fugia então do barulho, das interligações desproporcionadas, de um propósito generalizado de socialização virtual que no meu caso não era pretendido, e depois, das absurdas e claramente excessivas manifestações de afecto e proximidade de pessoas a quem nem sequer conhecia a cara. E porque o que aqui me continua a prender ainda é a escrita situei-me (sitiei-me) aqui na esperança de não voltar a sentir o gozo do escrever ser de novo escravizado pela necessidade compulsiva de me sentir lido.

Mas nada tenho contra os links, o link-vereda entenda-se, esse que nada tem a ver com as auto-estradas de leitores e reciprocidades com que se faz trânsito nesta blogosfera sábia, orgulhosa e barulhenta a que nada tenho para dar. De entre estas veredas que por vezes daqui se lança o Ma-schamba do Zezé irá ser(me) sempre o primeiro espaço a sugerir aos meus escassos visitantes. E este seu post não poderia impor melhor razão para ser linkado. Não porque eu seja um devoto leitor do João Ubaldo Ribeiro mas porque não poderia perder a oportunidade de, mesmo que traficando as palavras dos outros, lamentar a minha (quasi)eterna condição de obcecado pela rapariga loura.


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