Descubro coisas velhas. Eu, por exemplo. Gostar de saborear lentamente o que me dá gosto, não ter paciência para o fátuo e a replicação até à exaustão do mesmo e nisso até receando estar a dissipar vida, não me apetecer explicar porquê nem achar nisso uma postura de boas maneiras quando nada de recíproco acontece ou é sequer compreendido, ter de trocar tempo de conversas, de ideias desprendidas, de simples cavaqueira, por uma interrupção do telemóvel. Enfim, há tantas coisas que me aquietam em melhores lugares. Gosto do silêncio e dos momentos que justificam interrompê-lo. Apenas esses. E estranhamente sinto-me um abençoado nisto de ir assim indo para velho, essa espécie de desconectados do que é suposto ser o importante do hoje. Cada um de nós tem o seu lugar, o seu tempo, onde quer que seja que se sente melhor. Mas, francamente, não sei se nos tempos que correm, alguns, de tão ocupados com a gritaria, não se terão esquecido de os procurar.
21 Fevereiro, 2017
das coisas pretensiosas que acho
By Ze
This entry was posted on Terça-feira, 21 de Fevereiro, 2017 at 2:45 pm and posted in Anotações, Circunflexões, Pulsações. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed.
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21 de Fevereiro, 2017 at 3:35 pm
gosto tanto!!
preciso de silêncio e consigo-o, muitas vezes!!
Posso publicar este seu texto no meu blog?
abraço Céu Mota
GostarGostar
21 de Fevereiro, 2017 at 4:57 pm
Céu Mota, mais não seja por ser a única leitora (pelo menos em estado de visibilidade) deste blog, tem toda a primazia para fazer deste texto o que bem quiser, inclusive mergulhá-lo no silêncio eterno.
Abraço
GostarGostar
21 de Fevereiro, 2017 at 5:14 pm
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