Monthly Archives: Fevereiro 2013

adágios

O desalento não advém da perda da esperança,

mas sim do cansaço de ansiar por ela.


Da verdade alijada – Marinho Pinto

Chamem-lhe o que quiserem, populista, egocêntrico, desbragado. Para mim esse foi o tom mais eficaz para as suas palavras melhor ressoarem. O acomodado telespectador já só se ajeita na cadeira quando cheira a espectáculo e até nisso o seu som e tom categóricos são arma bem calibrada.

Falo do bastonário da ordem dos advogados. Desde o primeiro dia em que o ouvi que fui concordando em quase tudo o que dizia e sobretudo fui louvando a verdade, a frontalidade e a coragem das suas palavras, por mais que à minha volta se fosse escarnecendo sobre o seu exótico tom desbocado.

Nesta última quarta-feira desferiu um discurso (e digo bem, desferiu), na entrada do ano judicial em que cessará funções, com todas as vírgulas, fazendo jus à missão e à postura que escolheu para assumir esse cargo. Raras são as vezes que trago algo ‘de fora’ para aqui, no intuito de o registar para a posteridade. Faço-o hoje. Também em jeito de louvor a um homem sem ambiguidades e que usou sempre as palavras na forma crua e simples que veste a verdade. Deixo este impressionante discurso, do qual tive conhecimento através do Pedro Rolo Duarte. Presumo que muita gente neste país irá respirar de alívio quando o vir partir de vez. Até lá vão ter de o continuar a aturar, na forma desassombrada de sempre. Bravo Marinho Pinto!

Porque as ligações na net são caducas, transcrevo-o para a ‘eternidade’ deste blog, na íntegra. É longo, mas insisto que o leiam ou, se com pressa, que passem os olhos pela sua parte final, que destaco no texto que segue: Continue a ler